segunda-feira, outubro 2

Demoradia


O cansac,o me pesa nas pernas, uma dor na sola dos pe's se finca. Meu olhar que claramente nao vejo, demonstra solidao e tristeza aos que passam, mas so' estou 'a espera de uma demora. E ela vem (ela que não e' ela, mas ele) por detra's da vitrine, por onde em frente eu passo com alguma frequencia. Sem desfile, uma manequim, sem ser vista por ele. Talvez os outros que ao meu lado transitavam tambem nao me tivessem vislumbrado, desalegre e so', a caminhar lado a lado sem redor. So'lida estava, idem, agora estou. Descansando o acu'mulo das vezes em que meus tornozelos se alternavam no para la' e para ca' da atenc,ao que nao chamava. - Seria ela muda? Ela eu, ele não. Num aceno de pe's jamais se repara, o chao e' bem abaixo da linha do nariz do orgulho, ale'm do horizonte dos olhos. Vai ver que estes meus e' que acenavam 'a cegueira sem beira dele. Assim, quando nao o vir, ele vira'.

Nenhum comentário: