segunda-feira, dezembro 11

De olhos bem fechados

Cansada, semi-dormindo. Os olhos latejam em pranto. Sem cansaçode nada, nem aborrecida por algo ruim que me tenha ocasionado. É só sono mesmo, sono brabo de fazer lacrimejar qualquer olho suplicante de fechamento. Contudo, sou sádica com ele. Não quero que ele durma. Devia haver um aparelho, devíamos ter esse recurso humano. O de desligar certas partes do corpo para trabalharem melhor as outras diletas. Embora saiba no fundo porque isso não existe. Poderiam os órgãos, por esforço descompensado, desenvolverem-se mais que os outros, havendo assim um desequilíbrio e deformidade.
Conceder privilégios a determinado segmento deixariam uns poucos à margem. Se o todo atuasse em comum, facilitaria o processo da humanidade. Atuaria como um corpo. Embora um maculado (de pé rachadunhencravada, coração safenado, rim roubado, dente apodrecido, olho míope) seja o nosso ideal de beleza. Imperfeita feito planeta achatado nos polos, derretendo polares calotas. Isso por causa do homem que não bem descansa no 7° dia. Fala bobagem dormindo. Basta triscar no ombro que acorda e ainda cheio de preguiça. Sonha que é Deus...

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