segunda-feira, dezembro 4

Rueira


Asfalto esburacado acumulando liquidismos. Ela parou ali no meio da rua Passa-carros com devotada sede e seu vestido de popeline. Barrenta a agua do barro desmoldado pelo sopro divino. O frio endividado pela chuva que pouco caia em pe e corria deitada feito besta. A doida classe-media parou e disse assim:
- Se nao fosse tao perigoso, eu dormia na rua!
Depois acocorou-se perto da poc,a e sorveu com o bico esticado em U totalabial. Tomou a lama feito sopa, fazendo ruidos altos que nao se ouvia. A cidade em Rush nem olhava ao que se predispunha uma jovem com dois seios, duas nadegas, dois olhos sombrancelheados, duas fossas... Uma nasal, a outra urbana.Voltou pra casa de sempre tropecando em barata, correndo pelo beco vazio sem um pingo de medo, so' pra nao ser assaltada.

Escritura 'a base de 3 garrafas de cerveja
compartilhadas com amigo suspeito.

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