domingo, julho 5

Cores vivas

Minha vivalma branca a refletir todas as cores se encarde, lavo, vou com uma força que nem rasgo, mas de repente... Preparada estou, como tudo deve estar: o ator antes de encenar, o palco, o faro à caça, a lança ou a comida em seu modo de preparo. Do tempero, tem de se cheirar primeiro. Há vezes em que grito, não dou a mínima, sou bem honesta comigo, os outros não. Banco um sossego só de vez em quando. Se fico ensaiando beleza é porque a tenho de fato, apenas a treino e exercito como músculo que precisa de afino e um tanto de afeto. Sugiro não pensar na minha carne como dejeto, já que desde o início falo do espírito. Um bem sensual até, com seus delírios à noite dentro da garrafa onde guardo todos os meus capetas. Capto energia das sombras apenas para acalmar meu sol outonal. Gosto de uma fresca com água de coco, de caminhar em tapetes de relva, de tropeçar em gotículas de orvalho sobre as folhas Whitman. Essa chuva invisível e cheia de marcas abasteceria um mar no vai-e-vem de rede a embalar bombons em formato de sonhos. Fora das caixas. Assopro, velas. Aniversário de criança, mais um ano que se versa enquanto um mágico balão me nana o nenem interior de porta aberta. Palimpsesto = risca de novo que não entendi nada.

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