quinta-feira, janeiro 7

Dança da chuva

Acabei de voltar da cozinha portando água gelada. Bebo do meu copo de estimação em alumínio a propor um choque térmico mental. Obviamente se estivesse em outra encarnação, nos meus tão queridos Highlands, portaria uma larga xícara com chocolate quente. Talvez cigarros. Mas não vou macaquear em pleno nordeste brasileiro. O calor que faz no meu quarto triplica a menção de ser cearense. É que além de pertencer ao sol naturalmente por disposição climática, onde estou nesse momento capta todo o bafo vespertino pela posição do apartamento. Os raios incidem bem na minha janela, fazem arder toda a minha parede. Conseqüência disso é que provavelmente retornarei ao otorrino. Minhas entranhas aéreas continuam produzindo um muco gelatinoso e pigarros. Felizmente escapei de mais uma dessas viroses à solta por aí. Tomei um complexo vitamínico por semanas, tinha de valer a pena.



É certo que o Armagedon está próximo com essas enchentes, avalanches e nevascas a abrirem o ano, contudo rogo para que volte a chover aqui. E hard! Egoísmo à parte, pode transbordar canal, cair trancos e barrancos. Tenho necessidade de sentir a felicidade do frio, namorar nele, dormir melhor com ele. Sensação tão agradável... Cada nuvem pesada para uma alma leve. Sim, porque dias nublados me mantém calma, quase em êxtase para fazer de um tudo: especialmente nada.

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