quinta-feira, janeiro 28

Coffee Break

Estranho. Há tempos não sei o que é acordar às seis da manhã, mas já estou de pé. Sinto-me bem. Da janela, entre o som corriqueiro dos carros em partida laborosa, bem-te-vis me saúdam. O céu nublado também. Felizmente tem chovido por esses dias a amenizar o sofrimento sudoríparo de muitos. Mesmo assim, aumentei a velocidade do ventilador e fui à cozinha beber um guaraná gelado. Sob a fresta das portas, um cheiro de ovo frito inundava o apartamento. Vizinho a tomar café gordurento. Volto ao meu quarto com ânsia de escrever bons dias, voyeurizando o mundo, sem ele saber que o vejo em movimentos de arrotação. Esse mundo cozido que logo amanhece de todo e almoça na hora em que eu reacordar. Sim, dormirei de novo, pois tenho um descompromisso comigo mais tarde. Eu que ia viajar à Quixadá, entrar de penetra em festa de aniversário do amigo do amigo, resolvo permanecer aqui, a poupar o que já nem tenho tanto. Para me conformar, invento uma premonição de como será chato lá ou digo que, se permaneço em casa, é porque tudo conspirou em favor de mim, a me poupar do inesperado... Serei criativa. Há filmes para assistir, livros para ler, pensamentos a redigir pelos blogues e um Twitter para corroborar.

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