quinta-feira, agosto 5

Trabalhoso trabalho em meio ao ócio ao qual não me ouso lançar

Mini-baratas a buscar farelos entre as teclas nas quais digito meio enojada. Insone por desregramento. É rotina de acordar todos os dias às dez e dormitar às três da manhã. Trabalho sentada em bunda quadrada diretamente voltada a um PC. Ao lado da cama. Ventilador pus a rodar em velocidade máxima. Janelas fechadas para não correr riscos de captar ruído algum. Às vezes, uso fones de ouvido. Quando me ardem as orelhas, vou às caixas de som. Minha vida tem se resumido a escutar entrevistas diversas para pesquisas várias a fim de, então, transcrevê-las. Alivia-me não escrever nem sempre o que se diz. Alguns sotaques me agridem por mera incompreensão. Acerto instintivamente as vozes que falam como se estivessem de boca cheia. Outros são mais nítidos. Cansativo tem sido, embora o dinheiro tenha me proporcionado lazeres bons. Extrapolo nos finais de semana em danças escalafobéticas e amanheço com o pescoço quebrado. Namorar tem sido mais que raro, vira milagre agora, pelo qual até aprendi a rezar. Peço que não me falte o pão da vida rechado com o vinho do sexo. Ao menos tem me sobrado algum tempo maior para amigos. Tenho literaturado mais, agido. Quando em casa, sempre twitto. Eis meu TOC de 140 caracteres, linques de mim em pequenos mundos, frases e notícias curiosas. A quem tiver:

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