quinta-feira, outubro 19

Cara dura


A profundidade das minhas olheiras revela quao desmaquiada minh'alma e'. No dormir e acordar do comum, comungo com o real espantalho no espelho. A face amassada e' prova cabal de socos no imaginario a fim de atingir o sonho humanamente inalcansavel, incansavelmente tentado com bastante otimismo, se nao, ao menos com entusiasmo. O impossivel e' uma invenc,ao dos preguic,osos ou aflitos acostumados com facilidades. Ora, ate' o peso das mordomias nas maos nos cansa, o queixo do pensaDOR prisioneiro pagao escorrega, pagando patos, vendo navios de efeito titanic atravancados ao sul. Bem menores, diga-se de passagem. E Sem norte. Babam vislumbrando arranha-ceus e se engasgam com a saliva, acordando no meio do devaneio, achando por demais caro o horizonte. Tudo isso cansa mais, de te'dio, de o'cio. E' com o mesmo amor que sinto O'dio, mas e' justamente o o'dio da fraqueza, afinal, que nos move com paixao a fortaleza.

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