sábado, julho 19

The Cure

Uh, que maravilha! Finalmente hoje consegui fazer um cocô mais adulto. Desde o início dessa semana ando com liqüidismos excessivos devido a uma infecção que nem mesmo a doutora soube especificar. É, fui parar no hospital após 24h de febre quarenta-grausuda. Sensação horrível, passar o dia deitado no próprio calor, comendo mal, tonteando sem estar ébrio. Conheci a entradinha do inferno. Tudo isso porque na semana anterior havia me encontrado no paraíso, com direito a banhos de cachoeira a me limpar a alma dessas iziquiziras da cidade. Desbravei até uma caverna belíssima, sem lembrar de Platão ou Saramago, a não ser do ser de Neandertal e coisa. Tal e coisa e tudo e tal.


Pois bem, lá estive no Éden, popularmente conhecido por Serra de Ibiapaba-Ceará, onde encontram-se Ubajara e Ibiapina, uma das regiões mais antigas do Brasil. Fiquei hospedada em hotel com meu namorado mais alguns grilos cri-crizando nas noites, com direito a muito sexo selvagem (pois estávamos perto da mata), drogas (sequei meia garrafa de uísque professor, além das cervejas e cachaças feitas de maracujá e rapadura) e rock and roll (Marcelo teve a idéia genial de levar a caixa de som do PC para amplificarmos nossas musgas favoritas do MP3).


Apesar de sermos um casal nerd, eu pelo menos não tive crises de abstinência longe do computador e do celular, só tive uma prisão de ventre como de praxe à maioria dos intestinos delgados feminis. Ele ficou de olho na Lan House, o celular tocando nas horas mais benditas, mas soube contornar a situação. Não discuti com ninguém, estava zen. Fotografamos até o Cafundó, mergulhamos no gelo das águas depois de suar em uma trilha por pedras infinitas. Conheci pessoas generosíssimas, recebi alimento dos anjos e sorrisos de crianças fofíssimas. Só de lembrar com saudade me cura.

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