quinta-feira, janeiro 15

Could you repeat, please?

Eu tenho o direito de me repetir até que o outro pare de se repetir dizendo que não se repete em atos porque se julga pronto e forte o bastante. Mas este ente está pronto para o quê, afinal? É inexato tal reclame. Há tanta boa música que não cansamos de ouvir, mas quando é ouvida pelo próximo por cem vezes, deixamos de apreciá-la. Depreciamos o desenvolvimento alheio baseados no próprio. Por que só o luxo que não deixamos de dar é o bom? Há quem se dê ao luxo de colecionar as figuras repetidas de um álbum, por exemplo. Há quem doe a figurinha a quem não merece ficar desigual, assim se completa outros universos, sem abrir mão do nosso mundo e, sim, abrindo a mão com o nosso mundo em oferecimento para eles: os mais lentos. Oferece o alento, eis a bateria invisível para qualquer mortal. E Pior do que o aluno que repete ano é aquele outro que não completa seu turno até o final. Na escola da existência quem persiste no erro é tachado de burro. Mas se houver só essa existência, bom aprendermos rápido a respeitar o tempo, os limites não pertencentes a nós mesmos. Se o burro empaca, ficamos furiosos. Sabes por quê? Porque dependemos dele!

Nenhum comentário: