quinta-feira, fevereiro 12

OFFício, início do ócio aqui por-tátil.

Foram me perguntar por que eu escrevia, como jorrava. Sem nenhuma técnica especial, apenas sinceralizo uma ficção cotidiana. Sim, porque o real é tão ou mais estranho que o surr... Meu dia-a-dia peca em verossimilhança.
Sentimentos externados, a raiva me move a despejar muita merda na pia, às vezes. O tipo de verbo que, ao invés de ser despejado no vaso, ao invés de adubar uma planta a render bons frutos, acaba por ser vomitado com tudo no ralo. O cheiro sobe, entope ou entorta narizes bem fácil.

E eu lá vou fazer versinhos de amor eternos pra agradar as vistas cor-de-rosa! Sangue de barata tenho não, nem seria Kafkiana o bastante para me esconder debaixo da cama a aceitar o mundo mórbido sem dizer palavra. Tá, mas o que eu acho (de) bonito? Minha cara narcisa na boca do espelho, oras! Também aprecio boa educação e outros afrodisíacos mais, tais inteligência, musicalidade e gente cheirosa.

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