quinta-feira, agosto 20

Foi tão real...

Matei minhas ânsias de psicodelia, enfim! Revi um amigo que me entende bem todos os códigos de área. Chamou-me para um sorvete disciplinado depois do abraço. Eu cajá, ele alguma coisa de achocolatado. Traçamos a ficha corrida de duas semanas sem nos vermos. Contei sobre meus preparativos para a colação de grau nas Letras benditas, beca, monografismos, estágio no colégio público, novos conhecidos (uns bem interessantes, avisei de antemão...).


Sei que ele me revelou não ter dormido por quatro dias, desacostumado com o hotel. Trabalha no interior, depois volta pra casa, respira pouco. Mas ele teve a sorte de encontrar outra parceira louca pelas bandas de lá. Num feriado desses tomaram umas, fumaram uns também. Ele me trouxe o bom dali, assim pudemos partilhar dos mesmos vapores energéticos. Tudo In Natura. Humm...


Fomos à banca comprar um FREE a fim de disfarçarmos nossa liberdade. Logo, fomos às árvores, aos esconderijos do escuro. Chuviscava de leve, a brisa quis nos assaltar com seu sopro de espalha-erva enquanto preparávamos com todo zelo o nosso desmazelo de agrado. Enquanto tragávamos, ruídos leves de medo. Veio o guarda. Migramos para perto de uns gatos pardos revirando lixos, alardeando nossa presença fantasma com os olhos acesos.

Não satisfeitos por completo, ainda vasculhamos umas salas de aula, uns corredores desamparados e lá ficamos e lá filamos o terceiro embargo. Girava no meio da luz apagada, tonteando, queimamos os lábios no mesmo papel ensalivado. Um papel que não representamos, nem sobre ele escrevemos contos clássicos, mas dele sorvemos o crasso do insuspeitável.

Um comentário:

Soraya Wallau disse...

Cara, seus trocadalhos me impressionam...Sou fã!
Bjinhos