Sei que ele me revelou não ter dormido por quatro dias, desacostumado com o hotel. Trabalha no interior, depois volta pra casa, respira pouco. Mas ele teve a sorte de encontrar outra parceira louca pelas bandas de lá. Num feriado desses tomaram umas, fumaram uns também. Ele me trouxe o bom dali, assim pudemos partilhar dos mesmos vapores energéticos. Tudo In Natura. Humm...
Fomos à banca comprar um FREE a fim de disfarçarmos nossa liberdade. Logo, fomos às árvores, aos esconderijos do escuro. Chuviscava de leve, a brisa quis nos assaltar com seu sopro de espalha-erva enquanto preparávamos com todo zelo o nosso desmazelo de agrado. Enquanto tragávamos, ruídos leves de medo. Veio o guarda. Migramos para perto de uns gatos pardos revirando lixos, alardeando nossa presença fantasma com os olhos acesos.
Não satisfeitos por completo, ainda vasculhamos umas salas de aula, uns corredores desamparados e lá ficamos e lá filamos o terceiro embargo. Girava no meio da luz apagada, tonteando, queimamos os lábios no mesmo papel ensalivado. Um papel que não representamos, nem sobre ele escrevemos contos clássicos, mas dele sorvemos o crasso do insuspeitável.
Um comentário:
Cara, seus trocadalhos me impressionam...Sou fã!
Bjinhos
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