domingo, novembro 5

Venho sempre aqui

(23:23) Eu so', parada, esperando minha carona paternal de sempre apo's o teatro. Em cartaz: A Rainha Lear?! Depois... Um guarda, vindo nao sei de longe, aproxima-se e me pergunta se nao sou daqui. Respondo que sou, reparando timidamente em sua beleza de homem fardado e supondo eu tratar sua aproximac,ao mero cumprimento funcional. Engrac,ado, uniformes nunca me haviam despertado o interesse antes. Isso parece comum entre as mulheres? Humpf, devem ser os cacetetes magicos... Mas nao foi o uniforme nao, foi a preocupac,ao mesmo - ou o flerte disfarc,ado de preocupac,ao com minha seguranc,a. De qualquer maneira, senti-me protegida so' pelo gesto. As ruas perigosas aquela hora da noite... Em acre'scimo 'a resposta, disse-lhe que vinha sempre ali. Ele nao ouviu bem, entendeu "centro" ao inves de sempre, pensou que eu tivesse dito o nome de um bairro, que era de la', sei la'. Seria o dele?? O centro das atenc,oes. Nao sei porque, de imediato veio 'a imaginac,ao aquela cantada bem cliche', a que ele nao cantou, so' que eu acabei respondendo, meio entrecortada 'as interferencias do Walk Talkie. Ate' que minha velha carona chegou. Dei um boa noite-despedida, recebi outro, simpa'tico. Ele continuou la',sozinho, positivo e operante.

Nenhum comentário: