quinta-feira, dezembro 21

SOU MULHER DE VINÍCIUS

Casei-me pós-mort em eternidade florida
Fui a que não teve ciúmes das tantas outras
Nem quebrou garrafas de uísque-mel na pia
Aliás, sorvi tanto quanto ele, só vendo
No mesmo copo, beijando a boca de sua dor

Que era alegria mais pura e destilada água
Banhei-me nessa ânsia de mil apaixonar
Por todos os poetas menores do mundo

Pelos grandes que se diziam nada e vil
Por suicidarem vaidades saltando dos patamares
Pares de VÍCIOS IMORAIS me consolavam.
Incomoda-me somente a censurra
Da soco na cara, esse todo desamor
Tão onipresente na vida a dor, sem dois.

Gosto de sangue no lábio que com o coração fala
Composita, embriaga comigo em flor
Sou menina demais a quem poderia ser meu avô

Mas não cabe tempo ao amor
Ele não tem tempo pra espera

E se encarrega sem segredo ou pudor

Infinita chama gera...

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