domingo, junho 24

Mãos ao alto, seus altos!



Ando a fazer impossibilidades. Não resisti. Ontem sambei como quem sabe a ginga da cor de cor, cheia de supapos gentis. Suada, cheirando a umbanda (salve Oxalá) e com uma bruta sede. Meu parceiro de Yemanjá tomou todas comigo. Deu preguiça nos bolsos de gastar com água, então sorvi da pia batismal no banheiro mesmo. Cansei mais, bebi mais infectada. Nem surtiu dor de barriga. Tive a cara de pau de encher garrafinha com a da torneira, enquanto as femininazinhas frescas aprumavam a maquilage defronte o espelho. E eu que esqueci de raspar direito os sovacos? Quando fiquei sóbria e sobrei na pista fui me dar conta disso. Daí me apareceu um idiota chamando para dançar. Eu nada. Pus-me a rir do nosso amigo André, desconhecido de vista, a quem reencontramos alá Tony Tornado todo duro. Fomos bailar com ele, mas evitei levantar os braços. Que besteira! Quarta-feira será aniversário dele e no mesmo local do desencontro n° uno... Legal. Bem, saímos de lá após conseguir um cigarro. Do lado de fora, garrafas quebradas. Era o poeta Mário Gomes fulo de raiva a descontar nos guardinhas. Susto do surto alheio. Caminhamos, back to my house, sem lenço e com os documentos. Na avenida, fomos roubados. Aliás, só meu parceiro nipônico. Passou o celular, só o celular, como eles queriam. Fiquei em pânico mudo, destacado na falta de sangue na cara. Branca, sem paz nenhuma por dentro. Antes fosse meu telefone cheio de chamadas não atendidas... Foi um sinal... Estão ouvindo? Está chamando... Foi meu anjo da guarda a marchar soldado, protegendo meu universo mocinho. Vou tomar mais cuidado, prometo! E H2O mineral da fonte com açúcar...

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