segunda-feira, julho 9

blablabla... blé!



Prestes à formatura, ando um tanto sem aturar as aulas que me afogam a cara batida. Madrugadas são tão mais frutíferas ao meu caos artístico, que me reordenar às manhãs e me pôr desperta cedo é uma obrigação, assim digamos. Rever os amigos para filosofar as situações cotidianas tem sido mais que mundo livre, um livro aberto s/a. Sem a obrigatoriedade de dar a satisfação, mas estar aberto a recebê-la. Não me incomodam as diferenças, nem os olhares atravessados das neuras, comigo em paz é só alegria (com algumas pitadas de solidão, sometimes). Can I make It On My own? It What? Digo ou não digo? Só há um contratempo, nem deveria mencionar a fim de não reforçar a barra, só que me rasga o baixo ventre feito briga de galo do avesso. E a carne do pescoço desse bicho é vermelha, dura. Sim, também penso em sacanagem, muita, da boa. É a falta ou a espera demasiada, é a vontade e a vaidade de recusar um ou outro a passar pelo caminho. Jogar pedra no rio que me ri demasiado. Não queira entender. Preciso ficar sozinha, algo que antigamente eu nem me preocupava em querer, pois já tinha de sobra. Aplico sensações ultimamente na música. Parei um pouquinho a escritura. Será? Minha voz interior tagarela para o melódico. Sentiria saudades da minha timidez? Perdida. Parei de procurar chifre em cabeça de cavalo, agora eu cato os unicórnios, desconstruo as minhas lendas, rezo 1/3 do que eu não rezava, busco equilíbrio, embora penda a balança excessiva ao prazer de apenas fazer o que me apetece. Deixo levar enquanto não levo um coice da consciência. Penso em trabalho, tempo-passa, faço do nada um quase, produzo, só não ganho pra isso, necessito sustento futuro, porque no momento o meu seguro não paga toda a vida. Experiências ótimas com pessoas, com textos, sons, vícios. Revejo colegas, recrio expectativas, público, coragem. E que me falta? DAR UM BEIJO NO PROIBIDO! Sair da margem sitiada, aflorar meu desejo ninfomaníaco não em viagens desastrais, mas num sorriso. Paciência. Meus sonhos andam a marcar acontecimentos. Uma hora reviro na cama a platonizar um grande amigo, outra ora tenho pesadelos com um outro, depois um sonho bom com um terceiro, este que vou e realizo. Deixa explicar. Sem esperar, eu o encontro ao vivo-real e ele me tenta ágil roubar um ósculo com aquele bico fofo, almofadado. Que vacilo, viro o rosto num gesto voluptuotário, enquanto o quarto cara me vigia os beiços quando falo. Blá-blá-blá... BLÉ!!! Mas vai acontecer, não vai demorar, vê se não olha, vou por lá quando o ímpeto bater, vou te comer até soluçar, vou abstrair o romanticídio e degustar o inusitado sem ser descoberta. Algo errado? Se eu disser, desgraça terá e você vai rir feito gente que se julga nunca ter feito nada indireito. Indiretas já!

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