segunda-feira, julho 30

Período Fértil


Mal-humor today. Logo agora quando resolvo fazer a suma do que foram meus finais de semana hiperbólicos, aparece uma preguiça de pensar. Acordaram meu descanso com o telefone. Andam preocupados com a minha ausência nos cursos, faculdade... Administrar o primordial anda minando minhas certezas quanto ao futuro so close to me. Mas para quê preocupar-me com ele, se o que ando realizando ultimamente me eleva e me apraz? Tudo porque se trata de Arte, e uma tradição preconceituosa tende a tachar o belo de ócio inútil. Fútil, eu? Nada disso, cantar em uma banda de rock e fazer shows por aí tem sido uma baita terapia. Eu que nem sabia ao certo lidar com públicos, hoje estou mostrando facetas, vozes e malemolências teatrais. Quem diria? Isto me fortalece os ânimos até para dar aulas muito em breve (inglês?, literatura?). Bons frutos, colho experiências, massageio a criatividade que me escorre das têmporas feito sumo.

Meu bioritmo incomoda. Não nasci para a moda de acordar às seis da manhã, a não ser se for para ir à praia extrair energia da fonte Natura. Aturar rotina me recuso. A gente passa mais de vinte anos, a vida inteira, preenchendo carteiras mórbidas de um ensino saturado, de uma educação chinfrim, e ainda querem que assim prossiguemos?! Eu não, tô fora. Rebelde com causa soul. Enquanto o Brasil não se ajeita por culpa nostra, vamos dando o jeitinho brasileiro, perdendo moral, "passando queixos" (inventando lorotas), desculpas frias de que a responsabilidade é alheia. Vivo a ouvir queixas no trânsito, em qualquer lugar, por conta de um zé povinho mal-educado, de péssimo gosto musical, de uma mediocridade atroz e isso só me motiva mais a organizar uma migração! Preciso enriquecer minha cultura sem tantos choques.


Li Schoppenhauer por esses dias, refleti sobre Amor, Sofrimento do Mundo, Metafísica e Morte. Curei uma dor de cotovelo, passei um trator nessa burrice humana de se deixar apaixonar pelo errado e segui em frente, sublimei cantando, amizadeando o novo. Escrevi um conto, uma história só com começo, uns borrões refletidos na penumbra do meu quarto, depois o deixei, fui pra rua, fui pra massa estudar na experiência. Resultado: aprendi muito mais, cativei, enloucresci, desprendi o ego sujo, limpei a alma e recebi abraços por ter me promiscuizado com o mundo. Lua cheia lá fora...

Um comentário:

Anônimo disse...

posso tá errado...mais uma das graças do mundo é essa mesmo agente nos promiscuizar do mundo...faz parte do nosso ser..temos que aprender com as nossas burrices..e tentar não repeti-las e festejar quando fazemos algo certo..com serve com vinho barato também..bom é a vida..a nossa alma agradece...soul!!!