sábado, outubro 25

Sexta santifincada em parte em casa.

Ê milagre! Não sei se foi a caipirinha no ponto (uma só), minha vontade de andar sozinha por aí, pegar o ônibus e ir ao teatro, mas meu bem-estar é magnífico quando consigo sustentá-lo. Vai ver foi a companhia e o inusitado que me persegue. Por mais que o começo ou o desfecho não tenha sido esperado, não me desesperei. Voltei pra casa, astral em cima (o dele não). Mas a noite começou com o seguinte, dormitei toda a tarde e acordei com uma sensação amarga, como se alguém tivesse morrido. Ouvi vozes, latidos. Era visita. Comecei odiando tudo aquilo. Fui fuçar o armário e desentoquei roupas belíssimas, do jeito que gosto, des-fres-cu-ra-das. Separei uma blusa sexy, destaque ao colo, tantas vezes elogiado de bonito, branco, exposto, sem ossos. Maquiagem nos olhos, batom. Atrasos pela arrumação do cabelo que já se encrespa e não toma jeito. Estava atrasada, comuniquei minha nova amiga que me esperava no teatro. Tomei a primeira condução que fosse pras bandas do centro da cidade, conversei com o trocador sobre itinerários. Desci, fiz o resto do percurso a pé, perguntando pras pessoas que me olhavam "olha a gringa doida". Outros mal sabiam orientar dentro do próprio nicho. Bom, cheguei sã, mas envergonhada. A peça já estava lotada, então nos propomos uma visita ao centro cultural mais famoso do Siriará. A pé, na doida. A colega conversou até com Cristo, eu apertei o passo. Chegamos. Exposição de arte, depois um bar com nome de Café mas que não serve café, então. Ela tomou coca-cola, eu álcool. Conversamos à bessa, cuca fresca. De repente me aparece um colegueta da faculdade me presenteando com dois ingressos pra um novo lugar que se abre. Serelepei-me. As horas avançaram, liguei, nem sinal do outro lado da linha. Ouvi ensurdecedoramente só um toque de ocupado, insisti e nada. Embora tenha sido salva pelo gongo da alegria suave de voltar pra casa e recuperar a verve, além de outras liberdades com os amigos. A escolher, sem aguardos...

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