quinta-feira, dezembro 25

Merry

Ansiei. Nada novo em mim, eu sei. Saberei. Mas a esperança de que algo mudaria fora inevitável. Tanto que gelei nas mãos, quem a segurou sentiu: - Estou preparando uísque, pondo gelo nos copos. - Eu, procurando ocupar certo tremor com esse sorriso esfarrapado na boca. Meu vestido velho cochichava para os olhares novos que pouco me importava. Com Natal não, com minha felicidade até que sim... E com a dos outros também, vai. Os pais, os namorados, toda família presente. É pequena mesmo. A conversa foi aliviando as tensões, nunca havia sido anfitriã em festas de final de ano. Só tive Natal com ceia e o escambau até uns 7 anos de idade. Aquela falsidade vasta na casa dos parentes, trocas de presentes, abraços forjados. Desde então, considero o X-mas a coisa mais triste do mundo. O último, pra se ter noção do abismo, estava eu a teclar pelo cyberespaço, enquanto meu querido pai ouvia aqueles rocks clássicos deprês tomando umas, na dele. Minha mãe no sofá, vendo a festa da virada pela TV. Um marasmo só! Só que hoje, uma alegria se projetou na espontaneidade. Um anjo apareceu trajado de azul e assim pude comer e beber o amor com uma liberdade doida. Parecíamos alados. Aqui se falou sobre vida, passado, abriu-se o presente e se pressentiu um futuro honesto e bem limpinho. A todos nós: Tim tim!

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