segunda-feira, janeiro 5

Haver


Há tempos não leio um livro com gosto grosso
em pitadas amarelas do tempero tempo.
Há ventos não carrego para o mar de Yemanjá as energias.
Há momento em que me apercebo tanto no rosto
que meu ser parece beijar o dia.
Há evento em que tanto minha presença sussurra
quanto se pronuncia.


Há elemento novo na casa desse corpo que reclama.
Há talentos dos outros cultivados numa banda de mim.
Há intentos maiores de quem tanto agora ama
e quer continuar.
Há alento de verdade no começo do meio sem fim.


Há aumento do volume cardíaco durante a jornada.
Há sustento na paisagem que não sei descrever.
Há alimento para os olhos da janela ornada.
Há movimento nas entranhas sem eu perceber.

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