
Ele era meu amigo, ainda é meu melhor amigo ou talvez a melhor parte de mim. Irmãos gêmeos sensoriais desde o outro fim do mundo. Enfim, experimentamos o gozo adiado pelo medo do incesto feito crianças a saborear brinquedo novo. Brinquedo este que poderia fazer parte de toda uma infância, de toda uma vida na lembrança, até que foi destruído por uma terceira pessoa. Um adulto frustrado a condenar a brincadeira. O compromisso de 5 anos desse meu amigo colorido é que agora está em jogo e estamos cinzas de vergonha. Chorei horas depois da queda, menina ingênua, de gênio nu. Vai ver fui eu quem tirou o doce da boca alheia. Agora esta boca quer chutar nossa felicidade amena com chantagens grandiloqüentes, ditando a clássica "Ou ela ou eu!" Não queria meter a colher novamente, só não vou perder uma amizade longa e fértil por conta de um doentio contrato onde a falta de liberdade é estabelecida claramente. Além disso, temos filhos: nossos projetos profissionais em processo de engatinhamento.
Misturar as regras não é sensato. Caberá ao meu fiel escudeiro então escolher. Nada fácil tarefa, já que ao invés de ouvir a opinião de terceiros, deve-se ouvir a própria. Julgamento interior. Nessa vidinha há sempre que se abdicar algo em favor de um outro. Esse generoso gesto irromperá no sucesso ou no fracasso, no Sim ou no Não do casamento cotidiano. Pense rápido: há alguém que o espera no altar e outro a ansiar pelo fim da cerimônia, porque tem outros planos para mais tarde.
Pode ser tarde demais...
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"O corpo tem seu próprio modo de saber, um conhecimento que tem pouco a ver com lógica, e muito a ver com verdade; pouco a ver com controle, e muito a ver com aceitação, pouco a ver com divisão e análise e muito a ver com união." (Marilyn Sewell)
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"O corpo tem seu próprio modo de saber, um conhecimento que tem pouco a ver com lógica, e muito a ver com verdade; pouco a ver com controle, e muito a ver com aceitação, pouco a ver com divisão e análise e muito a ver com união." (Marilyn Sewell)
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